CARTA IV
Primeira carta de Sílvio à musa Carla de Andrade Rivera
Sei que não és minha
Mas, no meu coração estás
Desde os tempos antigos
Onde eras o meu sonho,
Nunca a deixarei sozinha.
Primeira carta de Sílvio à musa Carla de Andrade Rivera
Sei que não és minha
Mas, no meu coração estás
Desde os tempos antigos
Onde eras o meu sonho,
Nunca a deixarei sozinha.
Carla, primeiro o teu ser
É único, nem sei como falar
O calor humano é solidário
Você tem muito a ganhar.
Sou as palavras do seu diário,
Sou a roupa que você veste,
Sou a água que te banha,
Você é tímida como eu,
Mas, no mundo não se acanha.
Carla, segundo, o seu corpo,
É imenso, é um segredo,
Passaria a vida inteira
Para conhecer essa escultura.
Se entro em seus mistérios
Entro com tudo sem pensar
E não os descubro
É difícil desvendar.
Você é amiga, você é irmã
No seu íntimo posso ir
Que você não tem receio,
Você só mostra o reflexo
Do teu ser no teu seio
Do desejo no teu sexo
Revelado pela emoção
Pela natureza aconchegante
No momento de integração.
Carla deixa eu sem Amor
Encontrar a Paixão e o Prazer,
Pois, estarei com ardor
Do Desejo a satisfazer
Somente o corpo,
Assim é que vou conceber
Tão diversa cópula carnal
Sem dar-lhe a desilusão,
Sem ter a condição banal.
Eu sei, você prefere o romance,
O Amor, fraterno e livre,
Você quer também parceria,
Mas, em sua melhor nuance
Com equilíbrio e harmonia.
Carla veja até onde vai o desejo
Você nunca me pediu
Tamanha baixeza, de sua parte,
Mas, que tal, esqueçamos,
Vamos fazê-lo através da arte?
Sim, artisticamente
Na arte tudo pode
Mesmo sendo literatura obscena,
Mesmo que não façamos ode,
Deixo-te um madrigal
Que diz: fode! Fode!
CARTA V
Segunda Carta de Sílvio a Carla de Andrade Rivera
Carla, não é agora
Que desiludido vou esquecer
Das nossas andanças,
Dos anos de prazer
Onde fomos e somos
Tão grandes saltimbancos
Que tem muito a fazer.
Carla, Carla, Carlinha
Mulher, irmã, amada minha
Se não tens marido
É porque quer viver sozinha,
Mas, não vive sem ninguém.
O teu coração pede
E eu quero também.
Carla Rivera
Quem é você,
Quem você era?
Não me julgue, você não faz
Esse papel, você é limpa
Você é de paz,
Sua aura reflete a placidez
De quem não quer padrão
Quer amor, sexo e nudez
Amor, único, sente por todos.
O sexo é fruto do desejo
Que pede a nudez e só assim
Vejo a fornicação e o beijo.
Senti o cheiro do seu prazer
Que palpita como o cortejo
Da brisa pelas flores,
Assim é bom viver.
Carla, digo ainda mais
Que no teu corpo hei de morrer
Amando não, mas, copulando,
Que amor é puro, etéreo
E sexo é terreno, material
Por isso ando meio aéreo
Buscando a cópula carnal.
E só em pensar não quero
Ficar em cima, logo afoito
Para beijar teus seios
E realizar grande coito
E escutá-la gemer
Não de dor, mas, de prazer
E sentir que não é feio,
Não é imoral o teu sexo,
Não é nojento o teu seio.
Para que existir
Se não posso entrar
Em você e poder sentir
Tão imensa escala de prazer
E lhe digo, Carla querida,
Admiro a sua alma linda
Mas, desejo o seu prazer.
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